terça-feira, 30 de outubro de 2007

.complexidade ébria.

Copos se esvaziam com o tempo,
Trazem êxtase e dominam o momento.
Puras cores e soluços programados,
Numa clara tarde perdendo tempo.

Cigarros insistem teimosamente em quimar,
E o filtro da alma se põe a descansar.
O sentimento tardio se aquece e desperta vontades,
Que outrora se encontrava prestes a queimar.

A poesia é fraca e barata aos olhos do passado,
Não comove mais do que se pode permitir.
O desejo estrangula o medo,
Mas esse tende a relembrar episódias do passado.

Oh! Simplicidade do amar!
Complexidade ébria e efêmera... Que diabos estou querendo dizer?
Não consegue perceber que as dores se afogam?
E que no fundo desse poço resgatam-se dias frios?

A dor se distrai,
E nada mais.
Permite o céu e nunca mais,
Para logo depois recomeçar...

Numa segunda-feira,
Encontro gelado e dourado...
Num bar.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

.clima.

Em minha vida neva momentos efêmeros. Você pode até escolher um passado para lembrar. Um confortável distante escravo de minhas fontes escuras. Sigo torto em uma longa subida. Aonde posso encontrar uma chave. Posso cair e abrir a porta
Posso ter coragem. E posso perder.

No meio de uma montanha de vacilos eu derramo minha igualdade, aonde quero afirmar meus conceitos tão preciosos. Penso se tudo pode realmente ter sentido, enquanto o sentido das coisas muda tão rapidamente. Eu realmente não faço idéia do que há em minha frente, pois nesse clima... eu sou cego

Sou mais do que não posso ser... Sou menos do que todos esperam. Aberração moldada chamada yan. Oh! Como eu adoraria saber quem matou Brian Jones.

Eu não cogito deixar-me escapar mais uma vez, enquanto abuso do inexistente para todos. Todos encontram um tempo para todos. Fluindo recados ao vento, eu tiro um inexistente para odiar. Abusando de mim mesmo pintando-me em um quadro do passado... um dadaísmo à toa

Ninguém nunca me conheceu... ninguém nunca vai... pois o inexistente programado me corrói...

domingo, 14 de outubro de 2007

.êxtase fraco.

Corrompendo as mandíbulas apuradas do passado que me tritura está o ácido espirrado por ti em minhas vontades. Passado que talvez nunca importe mais.
Caminhando através da chuva de momentos incertos como o seu mais profundo olhar.
Eu me arrependo do beijo, do sexo, do gosto perfeito e do gozo. Êxtase fraco. Droga barata.
Dores giram devagar e desmembram obrigações. E em meus braços hoje sinto o frio que me queima. Aonde impera um desgosto cru, mas mesmo assim mastigado...sobreposto numa névoa de desordem mental.Hoje me recomponho. E não... a vida não recomeça... pois mesmo depois da explosão nuclear que foi a sua deixa, me encontrei ainda de pé. Talvez apenas...menos feliz.