quinta-feira, 10 de abril de 2008

.levarás e levitarás.

[...]E então ela pediu para segurar minha mão... Que momento maravilhoso! Fazia tempo, muito tempo, que eu não chorava por alguém, mas tudo bem, fazia tempo que eu não andava nas nuvens também!
Já não ligo para mais nada... Nada mais para os males infernais Trismegistos, que me assombravam noite e dia, não mais tão Megistos assim.
Meu amor por ti multiplicou-se como hidra de Lerna, e sim(!) tenho certeza do que estou fazendo.
Se és flor fechada, não desabrochas... Se me faz perguntas, continua... Continua sendo como és...
Acredito e sei que antes errei... e é doloroso saber.
Mas não ligo se não levas a sério o que falei, pois levarás... levarás e levitarás... leve pelas nuvens por onde caminho...
Bobo e feliz.

terça-feira, 8 de abril de 2008

.destilado de razão.

Por que não grita e expulsa meu receio?
Que arde insano em meu peito
E perfura o coração!

Como pude brincar em palavras amargas?
Numa total esfoliação do meu eu contra a parede
Transformando em total poesia aquilo que me reprova!

Como posso não te desejar?
Se prova a cada instante que me quer
Enquanto fujo destilado de razão!

Como posso resolver?
Se num vale cego estou atolado até o pescoço
Como um rei sem reino ou rainha!

Por que não grita e explode o meu receio?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

.meu único vento.

Perdido na imensidão de verdades
Que você me jogou...
Afetadíssimo pela destruição em massa
Que foi esse desastre nuclear de carater bom e sincero...
Fiquei realmente sem saber em que buraco me esconder.

Fui um tremendo e estúpido erro
Que agora entrou de cabeça na real sensação.
Fui a ilusão de mim mesmo
Ao te buscar em outros gostos, covardemente.
O jogo se virou e você me fez engolir minhas palavras,
Recheadas de veneno enganador... que acabou por me envenenar,
E te machucou profanamente.

Te amo até o fundo dos meus ossos!
O corte das lâminas de lágrima que correram em meu rosto doeram tanto
E eu sei, meu bem, não dissolvirá!

Quero poder te entrelaçar e sentir legal...
Só pra te fazer melhor.
Já te transformei na minha única paisagem...
No único vento que quero sentir.

Preciso..........

quinta-feira, 3 de abril de 2008

.loucura breve.

É tão insuportável assim?
É insuportável aceitar que me deixou do outro lado da parede pelo Não saber lidar?
Sabe... Ouvir minha voz poderia ser tão bom e confortante se a ela Você tivesse dado chance.
Se te faço engolir palavras é porque queres, e se queres... que Posso eu fazer?
Pra mim é desconfortante saber que você está logo ali do lado Amaldiçoando cada segundo em que percorre pelo ar minha Sonoridade.
Você, pequena, é uma obra de arte incompreensível, tão estranha, Mas também cativante e mágica.
A minha vontade, infelizmente, acaba de cara na parede invisível que Você construiu sem dizer uma palavra.
Acho que nunca vou dizer que não quero, mas não posso aguentar...
Você foi só minha por pequenos instantes em diferentes momentos,
E encarar é difícil...

Me sinto bem nos minutos ao seu lado
E você sabe muito bem...
Não sei se errei realmente em te querer...
Talvez você esteve errada, não dá pra saber.
Só não queria te deixar assim...
Se me deseja, vem de uma vez...
Pois, como já disse, não sei quando perto de você devo chegar.

Parece que o Xeque-mate nunca vai acontecer...
Eu só queria entender... essa loucura breve...
Explica pra mim? Pois ainda espero........

.cantares.

Enquanto caem mortes cidade afora,
O tempo mais perfeito, deveras mentiroso,
Deveria lembrar-se de mim.
Sem mim essa loucura teria outro fim
E talvez as gotas da garoa caíssem em outro lugar.
Sem mim a cidade desabaria em prantos mansos diferentes
Daqueles que outrora desabaram.
Em mim, por minha vez, deságua cerveja gelada
De Ivetes vespertinas ou bares friorentos de
Noturnas aventuras taciturnas cosmológicas.
Meus pensamentos vão se perdendo naquela pequena...
Que me olha de canto, severamente...

De infartes e escuridão,
De estradas e desfiladeiros...
A loucura infame brilha em diferentes formas
No infinito resgate emocional do implacável
E do imaginável.

Eu sou minha poesia diária
Nua e desiludida,
Deformada na moldura de quadros em dores
E flores em chamas
Que me chamam e cativam
Em indiferentes e chateados e abalados
Cantares.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

.jaz escrevi.

NÃO SOU, quem sabe, um poeta de mãos cheias,
Mas também não são vazias, pois calos e sujeiras.
Conheço o ar de meus momentos e também o de minha cidade
Quente e fria, num só dia, como só Curitiba sabe ser.
Sabe-se cá que minha imaginação descansa
Insana sobre o sossego perturbado pela luz
E pelos gritos internos por organização de meu querido pai.

ENTÃO eu pulo sentimentos, desejando a menor preocupação
De uma brisa, brisa minha.
Enquanto passa pelos trilhos de minha vida, rapidamente, uma
Rasteira mente de lembranças e implosões
Que me satisfazem até deserto ponto.
Ponto, talvez não, de fuga.

PARA muito além d’alma, certamente
Se criem túmulos e rosas brancas, e não lírios.
Não importo-me mais se há beleza ou relatividade...
As estradas podem ser retas, mas nós serenamente
Desejamos as curvas e talvez os acidentes.
A Matéria de nós mesmos apenas interfere na sombra
Da razão fantasmagórica e na chuva do pó de idéias
Simplórias.
Pois o simples ato do tempo é o de infinitamente
Passar.

EU sinceramente minto em alguns versos e refrões e
Certamente estou fugaz como se sempre tivesse pensado no assunto.
Caeiro certa vez escreveu algo como ‘aproximar o distante
Do próximo é enganar-se’... e ele está errado?
De longe não posso esquecer que De Onde Não Posso Esquecer
É apenas uma babaquice simples que se encaixa corretamente
Na teoria do ‘distante & próximo’.
E só quem realmente sabe, sabe.

JAZ escrevi, e não larguei mão, coisas que magoaram,
Mas certamente, e é a terceira vez que uso a palavra ‘certamente’, esses
Troços tocaram aqueles que se encaixavam como receptores de tais palavras.
Ó! Quando busco pensar me fogem pensamentos para expor
E quando quero expor, me falta um meio.
Mas oras, o meio é apenas o meio, intercalando a primeira
Bombeada de sangue ao pênis até a ultima ejaculada de porra.
Porra densa e estrelada, desbocada num sexo de farpas
E espinhos e mal-me-queres e bem-não-queres.
Eu não sou a luz, mas o túnel.
Infinito túnel de palavras, garantia de filtro e falhas.
O que existe, existe.
O que não sou não será.
E aquilo que sou... háhá
Afeta de uma só vez.