Tinha eu diante dos meus olhos uma cadeia de sentimentos mutáveis, daqui pra nunca mais. Ainda que fosse ao nascer da noite, o hálito matinal já estava impregnado em minha boca e meus olhos se mostravam entreabertos. Pensei na pequena luz que emanava dos meus pensamentos mais profundos, quase invisíveis, totalmente imperceptíveis aos presentes de aluguel. Senti-me o máximo, pois o mínimo de meu subconsciente apareceu para botar em plena ordem as minhas piras, talvez crematórias, mais malucas. Uma paixão que nasceu, e com ela uma devastadora sensação de morte do sangue, da alma e da vida.
A vodka! A vodka acabou! Acabou! Trouxe a loucura e embriagou de vez o vulto do pensamento.
Ascendi. Acendi um cigarro e beijei a pequena em seus lábios de tesão. Tentei buscar uma última gota na garrafa que descansava deitada sobre a mesa. Vesti-me e saí pra caminhar entre as nuvens. E então toda a minha calmaria se tornaria uma sensação de fome de espírito. Eu quis mais. Acabei por acordar, e perceber que o real de algumas horas na verdade não passou de mera ação em outro lugar.
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